1 de outubro de 2009

OLHANDO A NOSSA FREGUESIA

Como em todos os outros temas do blog, gostaríamos de ter a colaboração de todos, alertando para problemas, apontando soluções, criticando, sugerindo, propondo, utilizando qualquer forma de participação. É um espaço aberto, de partilha de ideias para uma melhoria da qualidade de vida em Mafra.
Duas cabeças pensam melhor que uma e três melhor que duas!!!!


AS ASSOCIAÇÕES, GRUPOS E OUTRAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO


Na nossa freguesia o espírito associativo e de empenhamento é uma das suas maiores forças. Recordo que há pouco mais de 20 anos, muitas foram as vezes em que assisti, pessoas trabalhando à luz de candeeiros e gambiarras, noite dentro, na construção do Pavilhão da Achada.
Posso garantir que não o faziam por gosto de trabalhar ao fresco da noite. Eram homens de todas as idades que depois de um dia de trabalho duro, roubavam horas e horas ao seu merecido descanso para construir um bem comum.
A Achada é simplesmente um exemplo pois em muitos outros lugares aconteceu o mesmo.
Somos uma terra de gente empenhada, que sabe o que quer. Não precisamos que nos venham dizer o que devemos querer. Precisamos, isso sim, que os nossos autarcas saibam apoiar as nossas iniciativas e o resto podem ficar descansados que sabemos fazer melhor que ninguém.
SABER. É a palavra chave, mas também é um ardil. Uma coisa é saber o que as populações querem, outra coisa é saber o que se quer que as pessoas queiram. A primeira forma leva à participação, ao empenhamento, à construção, à realização colectiva, ao bem estar. A segunda forma leva ao desinteresse, ao deixa andar e substitui a satisfação colectiva pela vaidade pessoal daquele que impôs a sua vontade.
Hoje em dia fala-se muito de liderança mas confunde-se, também muito, com ditadura. Liderar significa juntar vontades, organizar, realizar a vontade colectiva. Por sua vez, ditadura é a expressão física do «eu é que sei»
Um exemplo desta segunda forma encontramo-lo no passado recente com os edifícios das Escolas Primárias demolidos para dar lugar, a edifícios habitacionais (no caso do centro de Mafra) ou a jardim (no caso da Venda do Pinheiro).
Eram construções sólidas, amplas e com óptimas condições. Pergunto: não teria sido mais importante conservar esse património dando-lhe uma utilidade pública? Não teria sido mais útil à população pô-los ao serviço dos grupos e associações existentes, dando-lhes, assim, melhores condições de trabalho?
A Primária de Mafra já não existe. Mas ainda temos todas as outras dispersas pela freguesia. Se for essa a vontade da população, tudo faremos para que esses edifícios sejam postos à disposição da comunidade, melhorando as condições da actividade associativa.
Ser autarca não é fazer o que se quer. Quando colocamos o nosso voto na urna, não dizemos «voto em vocês para fazerem o que querem» mas sim «voto em vocês para fazerem aquilo que a população necessita».
Voltando ao SABER. É fundamental saber o que se quer como autarca, desde que esse «saber o que se quer» signifique «quero saber o que as pessoas querem». Se assim não acontecer a democracia morre enforcada em qualquer galho.
Reflictamos se o «SABER DE EXPERIÊNCIA FEITO» é, de facto o «SABER DE EXPERIÊNCIA FEITO AO SERVIÇO DAS POPULAÇÕES» ou se é «UM SABER DE EXPERIÊNCIA FEITO NO PRÓPRIO INTERESSE E DE UM PEQUENO GRUPO E ESCOLHIDOS».
O nosso voto é a expressão da nossa vontade. Apelo para que o vosso voto seja a expressão do que cada um quer e não a expressão «do que querem que cada um queira».
A nossa equipa QUER O QUE OS HABITANTES DA FREGUESIA DE MAFRA QUISEREM. As estratégias SERÃO SEMPRE DEFINIDAS NUMA BASE DE PARTICIPAÇÃO. Para nós não haverá nunca cores políticas, só e exclusivamente cidadãos de pleno direito.
Estratégias de «facto consumado» serão abolidas.


Esta é a nossa forma política de estar.

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